terça-feira, 28 de dezembro de 2010

É vantajoso ser concurseiro profissional?


SÃO PAULO – Rogerio Neiva, juiz e professor de cursos preparatórios para concursos, explica as vantagens e desvantagens da rotina de um concurseiro profissional.
Para passar em um concurso público, o candidato precisa ter a disponibilidade cognitiva e intelectual das informações e conhecimentos solicitada pelo examinador para atender à pontuação necessária. Ele deve encarar a preparação para o concurso como um empreendimento intelectual para se apropriar deste conjunto de informações exigidas.
O tempo é o principal recurso para que alcançar isso. A teoria da tripla restrição pode ser aplicada a esse contexto. Pela regra, todo projeto é restrito por três itens: qualidade, duração e custo. Dentro desse conceito, há dois perfis puros de candidatos em um concurso, o concurseiro profissional (que está afastado do mercado de trabalho) e aquele que concilia trabalho e estudos.
A diferença entre os dois está no fato de que um terá um recurso menor para investir do que outro. Mas isso não significa que o candidato que se enquadra no segundo perfil tenha menos chances para passar no concurso. A diferença é a duração do tempo de preparo. Provavelmente, ele irá levar mais tempo para conquistar a oportunidade do que aquele que apenas se dedica aos estudos.
Para o concurseiro profissional, no entanto, pesa o ônus emocional. Ele sofre pressão de terceiros e dele mesmo para passar o mais rápido possível. E precisará criar uma estratégia para neutralizar esse fator.
Nos meus quatro anos de preparo para o concurso de juiz, assumi uma postura híbrida neste sentido. Ao todo, foram apenas nove meses totalmente dedicados para os estudos. Nos outros, trabalhei como procurador de estado, depois professor universitário durante meio período e, por fim, como advogado da União.

Nenhum deles concluiu uma formação em nível superior.



Conheça, a seguir, a história de executivos e personalidades que não concluíram a universidade.

1. Mark Zuckerberg
Dono da rede social mais influente do globo e considerado o homem do ano, segundo a revista Time, Mark Zuckerberg tem apenas 26 anos e já acumula uma fortuna estimada em 6,9 bilhões de dólares.
Zuckerberg entrou na Universidade de Harvard em 2002 para cursar Ciências da Computação. Mas com a criação da rede que daria origem ao Facebook se afastou da academia dois anos depois.
O talento do CEO do Facebook para a área de programação já era notável ainda nos tempos de colégio. Ele criou o programa Synapse Media Player, que detectava os gostos musicais do ouvinte e, com uma inteligência artificial, fazia a seleção da música.
A Microsoft tentou comprar o software, mas Mark Zuckerberg decidiu oferecê-lo gratuitamente na internet.

2. Steve Jobs
O líder da fabricante de aparelhos de tecnologia Apple, empresa que lançou o iPad neste ano, fez apenas um semestre no Reed College, em Portland. Depois de desistir da graduação, Steve Jobs, que hoje tem 55 anos, assistia apenas às aulas que o interessavam para acompanhar amigos e ter um lugar para dormir, além de frequentar o templo budista da região.
Mesmo sem diploma na mão, Jobs teve experiência com um emprego de verão na Hewlett-Packard (HP), em 1971. Lá, conheceu Steve Wozniak, um gênio da eletrônica que o ajudaria a construir os primeiros computadores da Apple. Em 1974, trabalhou como técnico de videogames eletrônicos na Atari.
A Apple foi criada na garagem de Jobs e seus amigos em 1976. De lá para cá, Jobs já foi demitido da empresa, em 1985, fundou a NeXT e a Pixar para retornar ao comando da empresa de hardware em 1996.
Sua fortuna pessoal é estimada em 6,1 bilhões de dólares. Em 2007, ele expandiu os negócios para o ramo de telefonia com o lançamento do iPhone. Hoje, o smartphone é o aparelho mais rentável do segmento nos Estados Unidos.

3. Bill Gates
 Também com 55 anos, o líder da maior empresa de software do mundo, a Microsoft, Bill Gates, também é outro exemplo de empreendedor que não possui diploma. Ele ingressou em Harvard, mesma faculdade de Zuckerberg, em 1973, e largou em 1975. Na instituição, conheceu Steve Ballmer, que se tornou CEO da Microsoft depois de sua saída do cargo, em 2000.
No ano em que saiu da faculdade, Gates desenvolveu o sistema de interpretação de linguagens de computador junto com Paul Allen, também fundador da Microsoft.
Com a criação do Personal Computer (PC), em 1980, e o licenciamento de sistemas operacionais como o DOS e o Windows, Gates transformou a empresa em um império de programas eletrônicos nas décadas de 1990 e 2000.
Atualmente ele possui uma fortuna pessoal de 54 bilhões de dólares e é o segundo homem mais rico do mundo, segundo o ranking da Forbes.

4. Michael Dell
Aos 27 anos, em 1993, Michael Dell era o CEO mais novo a entrar em um ranking da revista Forbes. Hoje, ele possui a fortuna calculada em 14 bilhões de dólares e conseguiu esse sucesso sem ter um diploma universitário.
Michael Dell, que tem 45 anos hoje, saiu da faculdade de medicina da University of Texas Austin para criar uma companhia que vende computadores diretamente ao consumidor, sem revenda, em 1984. Atualmente, a sua empresa Dell está entre as maiores vendedoras de notebooks, rivalizando com gigantes como a Hewlett-Packard (HP).
Michael e sua esposa Susan Dell possuem uma organização filantrópica voltada para causas infantis. Em 2010, o empresa do casal doou 530 milhões para comunidades urbanas nos Estados Unidos e na Índia.

5. Eike Batista
O brasileiro de 53 anos Eike Batista, presidente do grupo EBX, que tem negócios principalmente no ramo de mineração, é o homem mais rico do Brasil com uma fortuna de 27 bilhões de dólares. Ele começou uma graduação em engenharia na Aachen University, na Alemanha, mas abandonou o curso em 1980.
Com empreendimentos com ouro na floresta amazônica, ele contribuiu um império com empresas bilionário em três décadas. As empresas são MMX, OGX, LLX, MPX, MD.X Day Hospital, Real State, Hotel Glória, Mr. Lam e Porto de Peruíbe, além da holding EBX. A maioria das empresas possui a letra “X” porque, segundo Eike, elas são o símbolo da multiplicação.

6. Silvio Santos
Senor Abravanel, 80 anos, é o fundador de 37 empreendimentos diferentes no Brasil e se destacou como o apresentador de programas Silvio Santos na emissora de televisão SBT.
Foi camelô aos 14 anos, serviu no exército como paraquedista aos 18 e trabalhou como locutor de rádio em Niterói depois da carreira militar. Apresentou programas em emissoras como a TV Paulista e a própria Rede Globo de Televisão nos anos 1960 e 1970.
As empresas que estão sob o controle de Silvio vão desde as TV SBT até o Baú da Felicidade, o Hotel Jequitimar e a Jequiti Cosméticos. Atualmente, devido a um rombo no banco PanAmericano, que pertence ao Gupo Silvio Santos, o conglomerado está endividado em 2,5 bilhões de reais. O empresário tem 10 anos para quitar as depesas ao Fundo Gerador de Crédito (FGC).

7. Samuel Klein
O empresário judeu polonês Samuel Klein veio ao Brasil como fugitivo da Segunda Guerra Mundial, em 1952, depois de uma breve estadia na Bolívia. Trabalhou nos negócios de marcenaria do pai desde pequeno, na Europa.
Em São Caetano do Sul, em São Paulo, vendeu roupas de cama, mesa e banho com uma charrete. Criou as Casas Bahia em homenagem aos seus antigos clientes, que eram na maioria provenientes dos estados do nordeste.
Atualmente, o negócio conta com mais de 500 lojas pelo país. Klein tem 87 anos.

8. Julian Assange
O criador do site Wikileaks Julian Assange, de 39 anos, cursou matemática e física na University of Melbourne, entre 2003 e 2006. Mas não concluiu nenhum dos cursos.
Criado no ano em que ele desistiu da universidade, o Wikileaks reúne documentos confidenciais do governo americano. Todas as fontes foram ocultadas pelo site e ele recebeu 1,2 milhão de dólares em doações públicas entre outubro de 2009 e este ano, até sofrer um bloqueio dos sistemas PayPal, Mastercard e Visa.
Conhecido em 1987 pelo apelido hacker de “Mendax”, Assange era precoce e invadia sistemas aos 16 anos. Foi eleito a personalidade do ano pela revista Time, segundo a opinião dos leitores.
Assange ficou encarcerado entre os dias 7 e 16 de dezembro por acusações de crimes sexuais. Atualmente cumpre prisão domiciliar.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Seis brasileiras estão entre as melhores universidades do mundo

Ranking elaborado por instituição de Xangai inclui USP, Unicamp, UFMG, UFRJ, Unesp e UFRGS

      Seis universidades brasileiras estão entre as 500 instituições mais bem conceituadas do mundo. O ranking elaborado pela Universidade de Comunicações de Xangai (Jiaotong), divulgado nessa sexta-feira, é liderado pelas norte-americanas. Harvard aparece em primeiro lugar.
Entre as 150 melhores, a Universidade de São Paulo (USP) é a única brasileira a figurar na lista. Ela e a Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) são as únicas latino-americanas entre as 200 primeiras. Na ampliação para as 300 melhor posicionadas, outra brasileira figura na lista: a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
     A Universidade Federal de Minas Gerais, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) estão entre as 400 melhores e, depois, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) também foi incluída no ranking, entre as 500 instituições com melhor conceito.
     Como no ano passado, a relação das 500 melhores universidades estabelecida pela Jiaotong traz os EUA na liderança, ocupando 17 dos 19 primeiros postos. Pelo oitavo ano consecutivo, Harvard lidera o ranking, seguida por Berkeley, que tomou a segunda posição de Stanford.
As universidades britânicas de Cambridge (5ª) e Oxford (10ª) são as únicas fora dos EUA entre as dez melhores. Entre países, a Alemanha ocupa a segunda posição no ranking das 500 melhores, com 39 universidades, bem atrás dos Estados Unidos, com 154 instituições.
Grã-Bretanha, com 38 universidades, e Japão, 25, aparecem à frente da França, que com 22 instituições caiu da quinta para a sexta posição, empatada com Itália e China. O ranking completo pode ser visto no site da Jiaotong.
     A ideia da lista, divulgada desde 2003, surgiu quando Pequim decidiu criar universidades de nível internacional e precisou definir os critérios de excelência. O ranking é muito criticado na Europa, especialmente na França, que denuncia uma avaliação voltada para a pesquisa, em detrimento da formação.
A Jiaotong considera o número de prêmios Nobel, de medalhas Fields (Nobel da matemática) e de artigos publicados em revistas como "Nature" e "Science". A União Europeia prevê criar no próximo ano seu próprio ranking das melhores universidades, orientado pela formação dos estudantes.
* Com informações da Agência France Press

quarta-feira, 3 de março de 2010

Qual é a sua reputação na web?

SÃO PAULO - Como descobrir se a sua imagem profissional na internet é positiva ou se queima o filme.
O que pessoas estão dizendo sobre mim na internet? Para matar a dúvida, o desenvolvedor de software Eduardo Menoncello, de 29 anos, configura a ferramenta Google Alerts para enviar por e-mail todas as informações referentes ao seu nome. Há pouco tempo, ele se surpreendeu com a citação do seu nome na página principal da comunidade de desenvolvedores da Microsoft. “Foi uma boa surpresa. Todos devemos checar a reputação online regularmente, principalmente para protegê-la”, diz. Menoncello mantém dois blogs para discutir assuntos profissionais, o sucessoativo.com.br e o pensando.net. “Isso me traz bons contatos e já rendeu até propostas de emprego.”

Além da simples busca com o próprio nome, há outras formas de obter pistas para saber se você anda exibindo uma imagem positiva ou não na internet. Criar um blog para falar sobre sua área de atuação profissional, como fez Menoncello, pode dar um impulso na carreira. Uma das métricas que indicam que o blog tem uma boa reputação são os links que vêm de outros blogs, os incoming links. Para checar, basta digitar no Google “link:” e a URL do seu blog. “Também é importante que o blog tenha atualização constantemente, um bom número de assinantes do RSS e que o blogueiro dê atenção aos leitores”, afirma Alessandro Barbosa, CEO da E.Life, empresa que acompanha a reputação de marcas e nomes de executivos nas redes sociais.

No Twitter, o número de seguidores e de retuítes é um bom índice quantitativo para medir sua reputação online. Mas a informação que reflete qualitativamente sua imagem, segundo Barbosa, é a inclusão do seu perfil em listas de boa reputação. Para verificar onde seu perfil está listado, clique em “lists”, que fica no canto direito do seu perfil. Outra ferramenta útil para o tuiteiro é o Twittercounter.com, para verificar se muitas pessoas estão deixando de segui-lo. Para não queimar a reputação, também é importante ficar de olho se não andam aparecendo perfis falsos em alguma rede social. “Já pedimos para o Google retirar perfis falsos de executivos nas redes sociais e fomos atendidos em dois ou três dias”, diz Barbosa.

Edney Souza, sócio da Pólvora Comunicação, assina tags do seu nome no YouTube, Flickr e Delicious e recebe as informações no Google Reader. Ao perceber comentários negativos, ele não costuma entrar no debate. “Em 90% das provocações, o melhor é não responder, pois você acaba dando mais visibilidade para o comentário negativo. Melhor é publicar informações interessantes para que elas apareçam mais”, diz.



Espiadinha básica

Na opinião dos headhunters, o profissional precisa saber a dose certa entre se expor e se preservar. “As redes sociais, blogs e outras ferramentas da web promovem uma troca rica e permitem aos profissionais mostrar suas competências aos outros. Nenhum profi ssional pode mais ficar fora disso, mas é preciso ter cuidado para não expor demais suas informações pessoais”, diz Patrícia Epperlein, sóciadiretora da consultoria de RH Mariaca.

Na Abrahams Executive Search, especializada em recrutamento de executivos, os consultores fazem uma pesquisa básica na internet para buscar referências sobre o profissional sondado. “É claro que eles olham o orkut, Facebook e LinkedIn para saber os relacionamentos e interesses”, diz Jeffrey Abrahams, sócio da empresa. Na consultoria ASAP, os recrutadores também fazem a busca, mas somente com os finalistas a uma vaga. “Se o cliente nos pede um relatório de referências, checamos o conteúdo que ele publica em redes sociais”, diz.

Empresas como a HP e a IBM mantêm um código de conduta com regras de comportamento. Apesar de incentivar a disseminação de conhecimento pelas redes sociais, a HP tem uma regra que proíbe o funcionário de comentar uma proposta de negócio em qualquer ambiente, seja em uma roda de amigos, seja em um blog, segundo Regina Macedo, diretora de marketing corporativo.

Na IBM, cerca de 20% da força de trabalho participa de blogs diariamente. Segundo Mauro Segura, diretor de comunicação e marketing, até hoje foram registrados dois casos de comportamento indevido na internet. Um deles foi a publicação de conteúdo da intranet no YouTube sem autorização da empresa. O segundo caso foi de uma funcionária que fez um comentário no seu blog ironizando uma decisão da IBM.

Ninguém foi demitido. “Acreditamos que a ação correta não é a punição, e sim a educação”, diz Segura. O problema é quando um conteúdo queima-filme se espalha pela web sem controle. A professora Jaqueline de Carvalho dos Santos, de 26 anos, foi demitida em junho da escola onde trabalhava por conta de um vídeo online em que ela aparece dançando sensualmente no palco. “Procurei trabalho em outras escolas e não tive sucesso. Foi culpa do vídeo”, diz. Pelo menos ela revelou um talento: hoje é dançarina da banda O Troco, que se apresentava no dia da gravação do vídeo que se espalhou na web.



Fail Twitter

Veja alguns exemplos de tuítes verdadeiros que estragam a reputação de qualquer profissional (e, em alguns casos, do bom português):


“Entendeu ou quer que eu desenhe? Minha chefe é tão burra que precisa de desenho e gráficos para entender as coisas!”


“Eu matei trampo quase o dia inteiro, vou lá no arquivo pra mexer um pouco na mesa e mostrar serviço...”


“xeguei no trampo...to cansado..tonto..bebado..lezado....axo q vou pegar folga na parte da tarde”


“Tomara que eu passe mal de verdade, tenha que voltar pra casa e fique uma semana de molho. #odeiomeuemprego”



Bem na fita

Veja se você anda contribuindo para a sua boa reputação online:

-Tenho muitos seguidores de boa reputação no Twitter e meu perfil está incluído em listas de boa imagem:


-Seleciono meus contatos nas redes sociais e compartilho com eles informações profissionais não confidenciais;


-Evito criticar pessoas e empresas sem bons argumentos;


-Tenho um blog atualizado para falar da minha área e dou atenção aos leitores. Meu blog recebe links de outros blogs e tem muitos assinantes do RSS;


-Quando sou alvo de uma provocação, respondo só quando tenho informações adicionais que vão mudar a impressão dos internautas.

Kátia Arima, da INFO


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