sábado, 31 de outubro de 2009

Veja dicas para dirigir no exterior

Confira o guia com instruções de como poder dirigir em outros países.
Saiba o que fazer na América do Sul, Ásia, Europa e Estados Unidos.

As férias se aproximame muita gente começa a fazer planos para a próxima viagem. Uma das opções pode ser um passeio pelo exterior e, neste caso, pode ser interessante planejar um passeio de carro, seja com o seu ou mesmo um modelo alugado. Porém, alguns países têm características bem distintas e antes de encarar o trânsito em outras terras é bom ter algumas informações que podem fazer toda a diferença.



Antes de embarcar é importante pesquisar as exigências do país de destino. Uma forma de evitar qualquer dor de cabeça é tirar a licença internacional, conhecida por Permissão Internacional para Dirigir (PID). Para quem pretende dirigir no exterior é recomendado que se tire essa Carteira Internacional de Habilitação, já que não são todos os países que permitem que o motorista dirija com a habilitação de seu país de origem. O mais interessante é que o documento vem com as informações em vários idiomas, o que facilita a comunicação com as autoridades estrangeiras.

A versão internacional da Carteira de Habilitação foi estabelecida pelas Convenções Internacionais de 1926 e 1968, que inclui ainda os documentos estabelecidos pela Convenção Interamericana de Tráfego de 1943, e são aceitas nos países que participaram desses eventos. Em 2006, 100 países, incluindo o Brasil, assinaram um acordo segundo o qual se reconhece a PID como o único documento internacional de habilitação oficial. Porém, nações como os Estados Unidos, a Espanha e o Reino Unido não costumam exigi-lo. As locadoras de carros garantem que, se você tiver apenas o passaporte e sua carteira de motorista original, não necessita do PID. Mas na China e na Coréia do Sul, por exemplo, a PID é rigorosamente cobrada. A carteira é válida por um ano, porém não é renovável, se for o caso de fazer outra viagem após um ano será preciso tirá-la novamente.



Para obter a PID o motorista deve estar com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dentro do prazo de validade. Se a CNH vencer em menos de um ano a licença internacional será válida pelo mesmo período da carteira brasileira, ou seja, vence na mesma data. Para saber como fazer a melhor opção basta consultar o Departamento Estadual de Trânsito da sua região.

Mercosul

Na maior parte dos países da América do Sul é permitido dirigir apenas de posse da Carteira de Identidade, porém ela precisa ser atual, ou seja, com menos de 10 anos da data de emissão. O documento do veículo precisa estar em nome do condutor. No caso de carros de terceiros é preciso uma autorização com os dados do proprietário e do automóvel, com firma reconhecida em cartório e devidamente legalizada no consulado do país a ser visitado. Além disso, também é necessário um seguro internacional contra terceiros, mais conhecido por Carta Verde.



Se a ideia é alugar um carro no Brasil para uma viagem entre países, saiba que as locadoras nacionais não permitem que o veículo alugado cruze fronteiras. Algumas podem até liberar a entrada no país vizinho, mas apenas até a primeira cidade após a divisa.

Argentina
- Carteira de identidade atual (menos de 10 anos) ou passaporte válido;
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
- Documento do automóvel;
- Seguro internacional contra terceiros;

Vale lembrar que as autoridades locais exigem um triangulo adicional, aproximadamente 2 metros de cabo de aço para guincho e espelho retrovisor do lado direito.



Chile
- Carteira de identidade atual (menos de 10 anos) ou passaporte válido;
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Permissão Internacional para Dirigir (PID);
- Documento do automóvel;
- Seguro internacional contra terceiros;

As autoridades locais exigem correntes para serem colocadas nas rodas durante o período mais rigoroso do inverno na Cordilheira dos Andes (entre julho e agosto).

Paraguai
- Carteira de identidade atual (menos de 10 anos) ou passaporte válido;
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Permissão Internacional para Dirigir (PID);
- Documento do automóvel;
- Seguro internacional contra terceiros;

As autoridades locais exigem um triângulo adicional.



Uruguai
- Carteira de identidade atual (menos de 10 anos) ou passaporte válido;
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Permissão Internacional para Dirigir (PID);
- Documento do automóvel;
- Seguro internacional contra terceiros;



Saiba que cada país tem as suas particularidades em relação a condução de veículos, tanto nas leis como também no comportamento, portanto é bom ficar atento. Em geral nos países da Europa o diesel é opção mais em conta.



Demais países



Alemanha
- As auto estradas não contam com limite de velocidade. É um convite e tanto, mas convém não abusar do limite dos seus reflexos.

Auba
- A CNH é aceita, porém o condutor deve ter entre 21 e 70 anos.

China
- Lá a coisa é complicada e as regras para estrangeiros chegam a ser proibitivas. O ideal é alugar carro com motorista.

Estados Unidos
- A legislação muda em cada Estado, portanto é recomendável levar tanto a PID como também a CNH.
- Varia de região para região, mas em algumas cidades é permitido entrar à direita mesmo com o farol no vermelho.
- Se cometer uma infração de trânsito é provável que em poucos segundos apareça um carro de polícia na sua cola com a sirene ligada.
- Uma placa com a inscrição stop exige que o veículo pare totalmente, não basta reduzir a velocidade apenas.
- Ao encher o tanque de combustível saiba que você pode fazer isso sozinho e economizar alguns dólares, pois o serviço do frentista é cobrado.

França
- O pedágio é pago conforme a distância percorrida. Por isso fique esperto, ao sair de uma cidade você passa por uma cancela e pega um tíquete, que deverá ser inserido na máquina no momento de deixar a estrada, quando então é calculado o valor a ser cobrado.

Índia
- O trânsito é caótico e muitas vezes as placas de sinalização são escritas apenas no idioma local. Em razão disso é mais confortável optar pelo taxi ou mesmo por um carro com motorista bilíngue.

Inglaterra
- Tanto no Reino Unido quanto nos países de colonização britânica o volante fica do lado oposto, ou seja do lado direito. As mãos das ruas e das estradas são invertidas. Esses países são: África do Sul, Austrália, Índia, Nova Zelândia e Tailândia, além de Hong Kong e Japão.

Itália
- Assim como na França, o pedágio é pago conforme a distância percorrida.

Israel
- Assim como os estrangeiros podem se dar mal em certas regiões do Rio de Janeiro, o mesmo pode acontecer com um carro de placas amarelas que entra nos territórios palestinos ocupados por Israel. Nessa região as placas são verdes ou brancas.

Jamaica
- Além de levar a PID e também a CNH é bom ficar atento, pois lá o motorista precisa ter 25 anos ou mais.

Japão
- Para turistas estrangeiros é praticamente proibido dirigir, dada as dificuldades impostas.

Portugal
- A carteira brasileira vale por 3 meses, a partir da data carimbada no passaporte.



Suriname
- O condutor deve registrar a PID e a CNH brasileira no departamento de polícia local antes de pegar as ruas.

Mais dicas para dirigir no exterior


- Antes de viajar é importante ter ao menos uma base do que é a legislação de trânsito do país que irá visitar.
- Certifique-se de que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e a Permissão Internacional para Dirigir (PID) estão dentro do prazo de validade.
- Respeite os limites de velocidade. Na Europa e Estados Unidos a média é de 120 km/h nas rodovias principais e 90 km/h nas menores. Não será por falta de aviso, uma vez que as placas de sinalização estão por toda parte.
- Presta atenção na velocidade mínima. Alguns países da Europa multam por andar devagar demais. O ideal é nunca rodar abaixo da metade da velocidade máxima permitida. Se for 120 km/h, você deve andar no mínimo a 60km/h.
- Nos Estados Unidos e no Canadá nunca ultrapasse um ônibus escolar quando ele estiver estacionado para os alunos desembarcarem. O motorista do ônibus coloca um sinal de "stop" colado junto ao ônibus na lateral esquerda do veículo.
- Para quem for dirigir na neve fique atento aos pneus, que devem ser adequados para o clima.
- Em lugares com mão de trânsito contrária, como Londres, os especialistas recomendam sempre seguir outro carro, uma vez que o motorista de outras regiões pode se confundir e errar de faixa.
- Se você for parado pelos agentes de trânsito local, imediatamente se identifique com o nome, país de origem e motivo de estar ali.

Relação de países onde a PID é aceita:


1.África do Sul (V)

2. Albânia (V)

3. Alemanha (V)

4. Angola (R)

5. Argélia (R)

6. Argentina (A) (V)

7. Austrália (R)

8. Áustria (V)

9. Azerbaidjão (V)

10. Bahamas (V)

11. Barein (V)

12. Belarus (Bielo-Rússia) (V)

13. Bélgica (V)

14. Bolívia (A) (V)

15. Bósnia-Herzegóvina (V)

16. Bulgária (V)

17. Canadá (R)

18. Cabo Verde (R)

19. Cazaquistão (V)

20. Chile (A) (V)

21. Cingapura (R)

22. Colômbia (R)

23. Coréia do Sul (R)

24. Costa do Marfim (V)

25. Costa Rica (R)

26. Croacia(V)

27. Cuba (V)

28. Dinamarca (V)

29. El Salvador (R)

30. Equador (R)

31. Eslováquia(V)

32. Eslovênia (V)

33. Espanha (R)

34. Estados Unidos (R)

35. Estônia (V)

36. Federação Russa (Rússia) (V)

37. Filipinas (V)

38. Finlândia (V)

39. França (V)

40. Gabão (R)

41. Gana (R)

42. Geórgia (V)

43. Grécia (R)

44. Guatemala (R)

45. Guiana (V)

46. Guiné- Bissau (R)

47. Haiti (R)

48. Holanda (R)

49. Honduras (R)

50. Hungria (V)

51. Indonésia (R)

52. Irã (V)

53. Israel (V)

54. I tália (V)

55. Kuweit (V)

56. Letônia (V)

57. Líbia (R)

58. Lituânia (V)

59. Luxemburgo (V)

60. Macedônia (V)

61. Marrocos (V)

62. México (R)

63. Moldávia (V)

64. Mônaco(V)

65. Mongólia (V)

66. Namíbia (R)

67. Nicarágua (R)

68. Níger (V)

69. Noruega (V)

70. Nova Zelândia (R)

71. Panamá (R)

72. Paquistão (V)

73. Paraguai (A) (V) (suspenso pela Portaria 005/2006-DG/PR)

74. Peru (A) (V)

75. Polônia (V)

76. Portugal (R)

77. Reino Unido (Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia
e País de Gales) (R)

78. República Centro - Africana (V)

79. República da Sérvia (V)

80. República de Montenegro (V)

81. República Democrática do Congo (V)

82. República Tcheca (V)

83. República Dominicana (R)

84. Romênia (V)

85. San Marino (V)

86. São Tomé e Príncipe (R)

87. Seichelles (V)

88. Senegal (V)

89. Suécia (V)

90. Suíça (V)

91. Tadjiquistão (V)

92. Tunísia (V)

93. Turcomenistão (V)

94. Ucrânia (V)

95. Uruguai (A)(V)

96. Uzbequistão (V)

97. Venezuela (R)

98. Zimbábue (V)





Siglas de acordo ou de convenção com o Brasil: (V) - Convenção de Viena.

(A) - Acordo Sobre Regulamentação Básica Unificada de Trânsito entre Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

(R) - Princípio de Reciprocidade

Aproveite suas férias e curta a viagem. Não esqueça de registrar esses momentos inesquecíveis.

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Abastecer o carro com álcool é mais vantajoso em 13 estados

Calcule qual combustível é mais vantajoso em sua cidade, como a autonomia do veículo com álcool é, em média 30% menor, para ser vantajosa a sua utilização, o preço do litro também precisa ser 30% menor. Faça o cálculo e confira:




A vantagem é calculada considerando que a potência energética do motor a álcool é de 70% do motor à gasolina. Mesmo com o aumento de preço também da gasolina, que possui 25% de álcool, o combustível é mais competitivo em 10 estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe. No Ceará, Minas Gerais e Paraíba, é indiferente o uso do etanol ou da gasolina.

Segundo a ANP o preço mínimo registrado para o álcool foi de R$ 1,14 por litro no Estado de São Paulo. O preço máximo foi de R$ 2,85 no Acre. Na média de preços, o menor foi o de Mato Grosso, a R$ 1,313 por litro e o maior preço médio foi registrado em Roraima, a R$ 2,154 por litro.

O levantamento também revela que os preços médios do etanol combustível subiram nos postos de 20 estados no período analisado e caíram em 7 estados.



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terça-feira, 27 de outubro de 2009

A Evolução dos "4P´s"


Caros amigos(as)
Somente para esclarecer a quem não trabalha na área de Marketing, 4Ps é o Mix de Marketing, de onde tudo parte para a administração do composto mercadológico de qualquer empresa. Produto, Preço, Promoção e Ponto de Venda. Acho que é a primeira coisa que um estudante da área conhece na faculdade, embora muitas já estão trabalhando com muitos mais letras “P”, e que todos os “gurus” dizem que é da aí que parte todas as estratégias e estudos de Marketing. Bem, não está errado este pensamento, porém acho que os famosos 4Ps estão um pouco ultrapassados. Minha intenção não é, de forma alguma, jogar para escanteio ou condenar o que todo mundo aprende como correto e atual, visto que se qualquer empresa tem o produto correto, com o preço certo, muito bem promovido e distribuído, não tem o que dar errado, mas sim fazer uma análise de como este mix, criado na década de 50, poderia estar atualizado para os dias de hoje.
O mundo evoluiu, o consumidor está mais criterioso na hora de gastar seu dinheiro, já foi a época em que bastava você anunciar a “mudança na fórmula do sabão em pó”, para que todos corressem ao supermercado para comprar esta nova maravilha. Hoje ele pensa, se o que vai comprar, realmente ele necessita e será útil naquele momento.
Então vamos a uma análise de como deve ser encarado, nos dias de hoje, o famoso mix de Marketing.
PRODUTO
Que tal se o primeiro “P” (produto) fosse substituído por UTILIDADE. A coisa é mais ou menos assim: Se você tem um produto, o que você mais quer é vender este produto e usará todos os seus esforços neste sentido. A pergunta chave é: O consumidor precisa, naquele momento, do seu produto. Ele gastará dinheiro comprando o seu produto? Ele tem esta necessidade?
Para ilustrar este pensamento, responda rapidamente:
Dos itens abaixo, quem é o principal concorrente da FORD?
1. General Motors
2. Tecnisa (construtora)
3. CVC (agência de Turismo)

Se você responde o item “a” , Acertou !!, se respondeu o item “b” ou “c”ACERTOU!!! Também. Como pode uma construtora ou uma agência de turismo serem concorrentes de uma fábrica de carros?
O consumidor hoje tem o poder de decidir que , neste momento, é mais útil viajar com a família para o nordeste, ou complementar o dinheiro para a compra de um novo apartamento, do que comprar um novo carro.
Por este motivo o foco principal das fábricas de carros é mostrar, primeiramente, o porque o consumidor NECESSITA do novo carro e depois mostrar o que ele tem de melhor comparado com os concorrentes.

PREÇO
O item PREÇO do mix, é algo bastante sensível. Que tal se mudarmos este item para VALOR, já que você passou a fabricar utilidades e não produtos, o próximo desafio é mostrar ao cliente o real VALOR de sua utilidade.
Responda rapidamente: Quanto você pagaria por um copo de água mineral?
Acredito que você respondeu algo em torno de R$1,00. Não é?
Vamos mudar a pergunta: Quanto você pagaria por um copo de água mineral, em pleno deserto do Saara após ½ dia de caminhada?
Bem, acredito que você estaria disposto a pagar bem mais do que isso.
Quando você mostra ao seu cliente a necessidade que ele tem de possuir a sua utilidade, o item preço passa a um patamar secundário.
O grande problema é que a maioria das empresas ainda não estão preparadas para vender valor e partem para guerra dos preços e a política dos descontos, já que essa é a forma mais rápida de se obter resultados, porém não levam em consideração a pratica suicida que isso pode se transformar.
Eu conheço vendedores, se é que se pode chamar de vendedores, que se o cliente pronuncia o nome de um concorrente, pronto, está aberta a temporada de descontos. Isto só acontece porque sua empresa não tem nada a agregar ao que vende.
O mais importante é saber: a partir do momento em você deixou de fabricar um simples produto e passou a fabricar uma utilidade e mostrou ao seu cliente a necessidade desta utilidade, com certeza ele dará mais valor ao seu produto.

PROMOÇÃO
Este item, acredito, estaria melhor chamando-se COMUNICAÇÃO. Lembre-se, a teoria dos “4ps” foi formulada em 1950 e de lá para cá muita coisa aconteceu. Hoje não basta meter um anúncio muito bem elaborado em revistas, TV, jornais, etc., para que o consumidor saia correndo a comprar e comprar.
A necessidade de uma comunicação mais direta FABRICANTE / CONSUMIDOR e CONSUMIDOR/ FABRICANTE se tornou imprescindível, uma vez que já não basta só o fabricante falar e falar, o consumidor quer ser ouvido.
O uso dos SACs e 0800, bem como os fale conosco e ombudsman se tornaram ferramentas indispensáveis, para que o cliente saiba que poderá conversar diretamente com quem fabricou o que ele está comprando.
PONTO DE VENDA
Eu diria que este “P” do mix seria melhor descrito como ACESSIBILIDADE , ou seja, as formas mais acessíveis para que o consumidor encontre o seu produto.
Hoje não basta mais um ponto de vendas muito bem decorado, o cliente não quer mais “ir a compras” é necessário dar ao cliente formas de obter o produto de maneira ágil. É por este motivo que as empresas devem priorizar formas mais diretas de vendas como CATÁLOGOS e LOJAS VIRTUAIS. Os DELIVERYS estão cada vez mais em moda.


Pois bem, lembre-se sempre disso. O mundo sempre evolui. Vamos evoluir com ele. Menos que isso não interessa.

Marco Antonio Meira
Consultor de Marketing e Vendas

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sábado, 24 de outubro de 2009

I Semana de Marketing da UFPa

Fotos do Evento


Professor Nonato Tavares


 
Participantes bastante atentos



Enriquecendo conhecimento.


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Como monitorar a imagem das empresas na internet e agir em caso de crise?


O que você faria se dezenas de comentários criticassem uma empresa no seu blog, depois da reação dessa empresa a uma nota negativa? Blogueiro postou matéria com críticas a uma empresa de serviços. Um internauta não gostou. Ao se passar por representante da empresa, passou a defendê-la, justificando a atitude da organização. Choveram outros comentários de leitores, indignados com a empresa, pela reação e por não reconhecer o erro. Só tem um porém.

A empresa não tinha feito qualquer manifestação. A reação foi forjada. Nem o blogueiro sabia. E aí? Como agir num caso desses? Não há dúvida. O blogueiro responsável pelo texto inicial, seguido dos comentários ofensivos, deve uma explicação à empresa. Além de acolher eventual manifestação da organização atingida. Assim manda o bom jornalismo. Ao acolher comentários negativos, a imagem da empresa foi denegrida, atacada e cabe abrir um espaço para sua defesa.

Internet exige respostas imediatas

Para o escritor e colunista americano Rene A. Henry, autor do livro “Comunicating in a crisis”, em artigo publicado na newsletter Crisis ManagementWhen Wronged Or Defamed, Get An Immediate Correction, sempre que alguém for atacado ou citado negativamente na mídia, deve se defender. “Eu tenho ouvido advogados dizerem para seus clientes que é perda de tempo exigir correção ou retratação para jornais, revistas, rádio ou TV.

“Com o advento da internet, é ainda mais importante corrigir imediatamente informações incorretas publicadas na mídia, diz Rene Henry. O poder de difusão da internet transforma uma informação negativa em fato rapidamente. Quando mais a correção demorar, mais o erro será repetido e republicado nos sites, blogs ou outras mídias. Com a internet, é questão de segundos para a reputação de uma empresa ou pessoa poder ser destruída com o clique de um computador”.

Quando informações erradas são publicadas na mídia, o articulista recomenda contatar o repórter ou responsável pela retratação. Se você não obtiver sucesso, fale com o editor ou o diretor de redação.

A internet é dificil de policiar e corrigir e muitos indivíduos a usam com meio pernicioso de difamar outras pessoas, escondendo-se atrás do anonimato. Quando isto não resolver, diz René Henry, contrate um bom advogado.

No artigo, o articulista cita a opinião de Harold Burson, diretor presidente da Burson-Marsteller, uma das maiores empresas de relações públicas do mundo. Para Burson,  um artigo negativo num pequeno jornal ou num programa de tv a cabo, que alcança uma audiência de milhares de leitores ou telespectadores, pode facilmente tornar-se audiência de mais do que milhões de pessoas se postado no You Tube ou Twitter.

Como corrigir

Segundo o Dr. Robert M. Steele, professor de jornalismo da Universidade De Pauw, da Indiana, “Se alguém ou uma empresa acredita que tem sido ameaçada injustamente, tem o direito de procurar uma correção. O jornalista ou a organização noticiosa tem a responsabilidade de ouvi-lo para tentar resolver qualquer diferença” diz.

Quando postada num site de grande audiência,  a mensagem negativa ganha contornos de credibilidade. John Walsh, conselheiro sênior da Cartes Ledyard and Milburn, empresa com sede em Nova York, citado pelo colunista, diz que “Graças à moderna tecnologia, tudo que uma pessoa precisa para extrair e usar informação de um artigo de arquivo falso, é um PC, Google e a disposição de trabalhar algo como até mesmo um material antigo, criando um artigo, baseado na teoria de que, se a grande mídia o publicou cinco anos atrás sem repercussão, deve ser verdade.

Como vivemos hoje um vazio jurídico para o exercício do direito de resposta, porque a Lei de Imprensa foi revogada, para quem é vítima de erro ou difamação, a busca de reparação não é diferente do que acontece com a mídia tradicional.  Entretanto, existem outras maneiras de exigir correção ou retratação de matérias publicadas na internet, sem a necessidade do recurso jurídico, sendo o primeiro um contato direto com o autor da reportagem. Não havendo êxito, existem outras formas jurídicas de buscar reparação, previstas na própria Constituição. Nos últimos anos, vários casos envolvendo exposição negativa da imagem foram parar nos tribunais e as pessoas supostamente ofendidas conseguiram tirar do ar vídeos e reportagens.

O importante, segundo especialistas, é empresas e pessoas individualmente não deixar persistir na internet versões que maculem a própria imagem, porque hoje com a facilidade de pesquisa nos sites de busca, com apenas um clique sua vida será exposta, muitas vezes sem que você saiba. Embora a proliferação de sites e blogs possam dar a idéia de que a internet é um mundo sem lei, sempre é possível buscar reparação para reportagens, artigos e notas que possam ameaçar a própria reputação.

Rene A. Henry é autor e colunista e vive em Seattle, Washington. Seu último livro Communicating in a Crisis, tem um capítulo específico sobre como lutar e vencer. Muitos dos seus comentáros são postados na página  http://www.renehenry.com/.


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Networking e Desenvolvimento de carreira

Entrevistas


*Neusa Hirota
Pergunta 01:
O que podemos chamar de um networking eficaz para um universo corporativo onde a Globalização faz-se sempre presente?

Resposta 01:
A Globalização trouxe mudanças incríveis para o cenário corporativo. O que ocorre do outro lado do mundo impacta não só as bolsas de valores, mas em vários setores econômicos no instante seguinte. A perspectiva de um determinado negócio ao acordarmos pode ser totalmente diferente daquela de quando formos dormir e vice-versa. Não há mais efeitos isolados no mundo dos negócios, o que torna os networkings um valioso patrimônio. As empresas que têm boas redes de informações - business intellligence - e capital social - no caso corporativo, pessoas competentes, conectadas e emocionalmente inteligentes - tem um grande diferencial competitivo.

Pergunta 02:
Para os profissionais, qual a importância de se manter uma boa rede de relacionamentos?

Resposta 02:
Respeitadas as proporções em relação ao mundo corporativo, uma boa rede representa acesso a mais informações, a melhores decisões, a melhores oportunidades e maior competitividade profissional. Ascender na carreira, principalmente a funções executivas e estratégicas, não se sustenta na competência técnica do profissional. Agora, prevalece como esta pessoa constrói relacionamentos consistentes que contribuam para o enriquecimento de seus conhecimentos, informações, exposição e vivência. O valor das redes ao executivo foi tema de matéria da revista Exame em abril de 2006. As redes sociais já têm valor tão reconhecido que escolas como Harvard, Stanford e Wharton oferecem programas de doutorado dedicadas ao tema. Quando ministro palestras sobre o tema, procuro dar dicas e ensinar uma maneira sistemática para se criar, selecionar e alimentar uma boa rede de relacionamentos. Os resultados são mais produtivos se tomamos decisões baseados em objetivos claros.

Pergunta 03:
Há pessoas que acreditam que um bom networking é apenas manter uma listagem atualizada de contatos e alimentar uma via unilateral. O que a Sra. pensa sobre isso?

Resposta 03:
Hoje em dia, com o aumento de contatos e informações que nos chegam por vários meios, colecionar endereços sem cultivar relacionamentos com seus donos é, na melhor das hipóteses, duplicar uma lista telefônica. Muitos acreditam que networking é encaminhar e-mails com piadas - copiando muita gente, distribuir e recolher cartões indiscriminadamente ou buscar velhos conhecidos num momento de necessidade. Perda de tempo para todos os envolvidos. A demanda de todo profissional aumentou devido à velocidade com que as informações passaram a fluir, principalmente depois da Internet. Ser seletivo é questão de sobrevivência. Toda semana recebo currículos de totais desconhecidos, que devem ter obtido meu endereço ou e-mail de alguma listagem ou mala direta. Alguns se dão ao trabalho de redigir uma pequena apresentação de seus objetivos. Outros, além de enviar a mensagem em cópia oculta - ou seja, para vários destinatários ao mesmo tempo, sequer fazem uma apresentação simpática. Qual o valor disso? Zero.

Pergunta 04:
Então, para se manter um networking eficaz, o profissional também deve estar disposto a doar algo de si?

Resposta 04:
O dia continua a ter 24 horas. Construir e manter uma boa rede tem quatro premissas: seletividade, respeito, interesse genuíno e reciprocidade. Um networking é como uma conta corrente em que uma iniciativa sua, seja contato, demonstração de interesse ou oferta de ajuda representam um depósito. Mas se for pedir um favor ou ajuda, fará dois saques. Atitudes como cancelar encontros de última hora, expor o contato a situações constrangedoras, usar ‘o santo nome da pessoa em vão’ representam mil saques. Claro, a maioria de nossos contatos será de conhecidos, os contatos superficiais com quem nós interagimos no trabalho, eventos, entre outros. Estes não são partes de sua rede, são a lista telefônica ou as páginas amarelas que você poderá consultar ocasionalmente. Mas não espere deles reciprocidade ou atenção se não houver um verdadeiro relacionamento estabelecido.

Pergunta 05:
Qual a melhor forma de se iniciar uma boa rede de relacionamentos?

Resposta 05:
Não há forma melhor ou pior, há a forma que melhor atende a cada um. Para alguns, pode ser por meio de familiares. Para outros, mantendo vivas as relações do colégio e universidade. Há quem desenvolva uma boa rede participando de grupos profissionais - muito comum na área de Recursos Humanos. É importante atentar que apenas ter contato, trocar cartões, não representa incluir alguém na rede de relacionamentos. Reforço as premissas da rede: seletividade, respeito, interesse genuíno e reciprocidade.

Pergunta 06:
Quais as dificuldades mais comuns que as pessoas encontram para manter uma rede de relacionamentos eficaz?

Resposta 06:
Em geral, tempo e interesse genuíno. Tempo porque as prioridades são muitas, o dia continua a ter 24 horas e, às vezes, é difícil conciliar agendas. Interesse genuíno porque sem freqüência, os contatos tornam-se superficiais e fica difícil conquistar familiaridade com alguém. É totalmente diferente perguntar a alguém “Como está fulano?” - chamando a pessoa pelo nome - e “Como está sua mulher, marido ou filho?”. Daí minha ênfase na seletividade. Não se pode agradar e nem contatar a todos ao mesmo tempo, sob o risco de não se fazer outra coisa. Um e-mail enviado vai gerar respostas, que irão requerer retorno seu. Imagine, tentar alimentar uma rede de relacionamentos com 100, 500 pessoas com interesse genuíno e reciprocidade?
*Neusa Hirota é gerente de desenvolvimento da Votorantim Industrial e consultora especialista em networkin.Entrevista concedida a Patrícia Bispo, jornalista responsável pelo portal RH.com.br.

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O PARADOXO DA EXPERIÊNCIA


*J B VILHENA

Primeiro ato: Um jovem executivo é convidado para gerenciar uma família de produtos numa empresa de médio porte. Analisando o mercado, o gerente de produtos percebe que as ameaças preponderam sobre as oportunidades e que a empresa encontra-se numa situação mais frágil do que seus principais concorrentes. Lembrando-se das lições aprendidas sobre Planejamento Estratégico de Marketing, o jovem executivo decide empreender uma série de ações táticas que – em sua opinião - poderiam garantir a sobrevivência da empresa enquanto durassem as adversidades. Três meses depois, é sumariamente demitido. Sua decisão ocasionara a perda de preciosos pontos de participação de mercado, que a empresa levaria muitos anos para recuperar. Na entrevista de desligamento, ouve do departamento de RH que a inexperiência fora sua maior inimiga. Cai o pano.

Segundo ato: O mesmo executivo é contratado para gerir o marketing de uma outra empresa. Lá ficou durante mais de dez anos e nesse tempo vivenciou as mais diversas situações. Numa determinada época o mercado mostrava-se muito promissor e a empresa encontrava-se plenamente preparada para aproveitar as oportunidades de diversificação que se ofereciam. Depois o mercado enfrentou uma grave recessão. Foi preciso sacrificar violentamente os lucros para não abrir mão do market-share (como o executivo aprendera a duras penas, perder pontos de mercado poderia significar a perda do emprego do gestor de marketing). Na medida em que lidava com as novas situações, a autoconfiança do executivo ia aumentando. Já não temia mais enfrentar o novo e inusitado. Todos na empresa invejavam sua experiência e competência. Cai o pano novamente.

Disposto a enfrentar novos desafios – e com a autoconfiança ainda mais reforçada em função dos inúmeros prêmios e elogios que acumulara nos últimos dez anos – nosso personagem aceita um novo desafio e vai dirigir a área de marketing de uma empresa multinacional, instalada num setor com amplas possibilidades de crescimento.

Acreditando ter aprendido muito na “dura escola da vida”, nosso experiente executivo dá início ao procedimento que lhe assegurara o sucesso no passado. Analisa o mercado, avalia oportunidades e ameaças. Analisa a empresa, seus produtos e pessoas, avalia pontos fortes e fracos. Tudo reforça a mais importante premissa estratégica que aprendera: perca dinheiro, mas mantenha o market-share. Arregaça as mangas e começa a repetir a seqüência de ações que, nos últimos dez anos, lhe garantira fama e reconhecimento. Entretanto, as coisas não acontecem do jeito previsto. Os resultados que deveriam aparecer nos primeiros três meses não se materializaram (aliás, o EBITDA diminuíra significativamente). Sem entender direito o que estava acontecendo – afinal, agira exatamente como fizera nos últimos dez anos – nosso experiente executivo, pela primeira vez em muitos anos, lembrou-se do fracasso do primeiro emprego.

Mas como tinha enorme confiança na sua própria capacidade, resolveu seguir em frente e ser proativo. Trabalhou duro na preparação de uma convincente apresentação para a Diretoria. O objetivo era convencer o board que aquele era um momento em que coragem e ousadia fariam a diferença. Sua estratégia propunha algo que ele mesmo já havia feito com muito sucesso no passado: apostar na contramão do mercado e comprar as três principais empresas concorrentes, que, por estarem enfrentando os mesmos problemas de mercado, podiam ser adquiridas “na bacia das almas”.

Tendo usado seu sucesso anterior como fiador da estratégia, obteve sinal verde e seguiu em frente. É verdade que no final gastara um pouco mais do que o previsto (cerca de 10% mais, para ser exato), mas sua experiência mostrava que nada era mais importante do que obter significativas economias de escala para manter a participação e se preparar para o novo ciclo de crescimento que, com certeza, viria (afinal, depois da tempestade sempre vem a bonança).

Seis meses depois – e pela segunda vez na sua vida – foi demitido por falta de resultados. Algum dia após a demissão, leu numa coluna especializada que a empresa contratara um brilhante executivo cuja fama era de ‘ressuscitador de empresas’. O nome do “salvador da pátria” lhe pareceu familiar. Fez um esforço de memória e lembrou-se do jovem trainee que havia demitido alguns anos antes, quando era diretor na segunda empresa em que trabalhara. Tentou lembrar a causa da demissão. Pensou, pensou, pensou e finalmente lembrou-se: ele havia sugerido uma estratégia de marketing que acabaria por levar a empresa a perder preciosos pontos de market-share. Cerram-se as cortinas.
Você pode ter se identificado com essa história, que talvez seja muito parecida com a sua própria. Se quer saber por que tudo falhou no terceiro ato, lembre-se do que nos ensina Peter Senge: ‘Na vida executiva, um dos maiores desafios é aprender a desaprender. Nunca confie que as razões do sucesso no passado garantirão o sucesso no futuro.’

* J B VILHENA é Vice-Presidente do Instituto MVC, Autor do Livro “Negociação e Influência em Vendas” e Coordenador dos MBAs Executivos da FGV Rio.

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Os Desafios para Formar Empreendedores



*Michal Gartenkraut
Uma pesquisa de mortalidade de micro, pequenas e médias empresas do Sebrae trouxe números animadores. Ela ela afirma que o percentual de fechamento dessas empresas é hoje de 22%. Há cinco anos chegava-se a quase 50%.

Alguns afirmam que o atual cenário positivo deve-se a melhorias na conjuntura de mercado, na política monetária e até a novos pacotes na carga tributária favorecendo os pequenos. Sem dúvida, são pontos relevantes, mas não necessariamente determinam o tempo de vida de um empreendimento. O fator primordial que condiciona a sobrevida de uma organização é a gestão. O conhecimento de um sistema de gestão eficaz propicia ao empreendedor a capacidade de análise e a visão sistêmica necessários para navegar nesse oceano de adversidades que é o mercado. E esse conhecimento, tão vital, costuma ser ignorado pelas escolas na formação profissional. Os números positivos foram alcançados porque esses empresários foram desesperadamente buscar em instituições paralelas o que lhes deveria ter sido dado como base na universidade.

No mundo de hoje, dos novos paradigmas, observa-se que a demanda de recursos humanos é por profissionais preparados para enfrentar ambientes de risco, vale dizer, de pessoas aptas a tomar decisões em cenários que envolvem riscos de várias naturezas; pessoas capacitadas a identificá-los, avaliá-los e mitigá-los. Junte-se a esta qualidade capacidades de liderança, de trabalho em grupo, de busca da inovação, e tem-se o perfil de um empreendedor (não confundir com empresário, que precisa ser um bom empreendedor, mas não o vice-versa).

Ao contrário do que muitos pensam, o empreendedor não é um amante do risco, como se fosse um jogador profissional. O empreendedor é intuitivo, mas não impulsivo nem imediatista. Tem que ser um profissional bem preparado, ter consciência de que colocar suas idéias em prática requer uma visão sistêmica e de futuro do negócio. Sabe da necessidade de gerir processos e pessoas, de gerar valor, conhecer seu cliente e o mercado, se relacionar com a sociedade de forma responsável e montar alianças e parcerias.

De modo geral, nosso sistema educacional ainda não encontrou o melhor caminho para a formação de profissionais com essas características. De fato, são não desprezíveis os diversos desafios na concretização dessa tarefa. Um primeiro refere-se ao próprio método de ensino, que evidentemente não pode ser o tradicional, ao qual fomos acostumados no passado: professor em sala de aula, de um lado, transmitindo conhecimentos a alunos, de outro. Zero de exposição do aluno a um ambiente de risco. Ensinar empreendedorismo, pois, vai requer a introdução de mudanças profundas no ensino, uma verdadeira revolução na escola.

Um segundo desafio é a formação de professores. Naturalmente, para bem ensinar, precisaremos de professores com experiência e familiaridade com o tema. Infelizmente, não é o que temos hoje, qualquer que seja a escola observada. Os professores não foram preparados para esse tipo de formação e, freqüentemente, exibem mesmo um viés anti-empreendedor.

Esta situação - com o mercado demandando profissionais de perfil empreendedor e o sistema educacional com dificuldades para atendê-la – sobrecarrega os programas de contratação e treinamento das empresas, que acabam arcando com os custos de complementação das lacunas de formação. Quem opta pelo negócio próprio, além, de todos os desafios já conhecidos precisa enfrentar mais esse: buscar cursos, capacitações, gastar tempo, dinheiro e, em muitos casos, se deslocar longas distâncias para correr atrás o que a universidade se recusa a lhe dar. E é só por esse esforço extra mobilizado pelo instinto de sobrevivência que os números da pesquisa do Sebrae mudaram.

*Michal Gartenkraut é presidente-executivo da FNQ – Fundação Nacional da Qualidade, ex-reitor do ITA e ex-presidente do IPEA

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